No tratamento de tumores abdominais, o principal método terapêutico é a cirurgia, que pode ser realizada por um equipamento minimamente invasivo chamado laparoscopia. Utilizada em casos de câncer de estômago, fígado, pâncreas, entre outros, ficou conhecida principalmente por atuar na remoção da vesícula biliar.
Entre os principais benefícios da laparoscopia para os pacientes estão: menor tempo de internação; menor uso de analgésicos; e menos dores.
Por meio de pinças finas colocadas na região abdominal, o cirurgião consegue operar sem a necessidade de abrir completamente o local. Nessa técnica, assim como na cirurgia convencional aberta, a experiência e a habilidade do especialista são importantes para o sucesso do tratamento. Em centros oncológicos integrados como o A.C.Camargo Cancer Center, a expertise desenvolvida pelos profissionais – seja pela casuística ou pela capacitação – é fundamental.
Mais moderna, surgiu na última década a videolaparoscopia, procedimento que oferece melhor visão e possibilita maior precisão aos movimentos do especialista. O principal avanço da técnica está na captação e transmissão de imagens que amplificam e aprimoram o campo de visão do cirurgião, tornando possível realizar dissecções mais precisas e atingir áreas mais profundas. Não há, no entanto, alteração no modo como a cirurgia é realizada.
No A.C.Camargo Cancer Center, utiliza-se a videolaparoscopia em cerca de 60% dos casos de câncer na região abdominal. “O tempo de internação do paciente diminui, o que garante uma recuperação mais rápida e um retorno precoce a um possível tratamento adjuvante, como quimio ou radioterapia”, afirma Dr. Felipe José Fernandez Coimbra, Diretor do Núcleo de Cirurgia Abdominal.
A estética, que não costuma ser prioridade, é outra vantagem do tratamento minimamente invasivo: os cortes no paciente são menores. São melhorias similarmente observadas às da cirurgia robótica, com o uso do Da Vinci, tecnologia também utilizada para o tratamento de tumores urológicos, colorretais, ginecológicos, de cabeça e pescoço e de pele. A escolha da técnica e do equipamento utilizado é realizada de acordo com a avaliação médica do caso.
Nem todos os casos, no entanto, são passíveis para o uso desse procedimento. “Quando a doença atinge um nível de extensão muito avançado, pode ser necessária uma abertura maior na região abdominal, impossibilitando a cirurgia minimamente invasiva” complementa.
Melhores condições de saúde para todos
Além do paciente, o próprio médico se beneficia ao utilizar um equipamento mais moderno. “A videolaparoscopia possibilita uma cirurgia com melhor campo de visão e menos cansativa para o especialista, uma vez que melhora sua postura ergonômica”, destaca Dr. Felipe Coimbra.
Fonte:www.accamargo.org.br