Estudos comprovam que prática de exercícios amplia sobrevida de pacientes com câncer

 

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Início de ano, época de colocar em prática algumas promessas, como se alimentar melhor, usar protetor solar, fazer um check-up médico, ler mais, se exercitar. Todas atitudes também são um caminho importante na prevenção ao câncer. Estudos recentes revelaram que a prática de exercícios físicos regulares é uma grande aliada na qualidade de vida também de pacientes com diagnóstico de vários tipos de câncer.

Exercícios regulares melhoram a sobrevida, mesmo para os pacientes que nunca tenham feito exercício antes, segundo as conclusões de uma pesquisa publicada no final de 2018, no periódico Cancer Causes & Control – revista internacional direcionada ao estudo do câncer, suas causas e formas de controle. Os resultados da análise são dados epidemiológicos coletados por 14 anos de um grupo de 5.807 pacientes que receberam diagnóstico de vários tipos de câncer. O estudo observou um benefício significativo do exercício na sobrevida dos pacientes com um destes oito tipos de tumores: mama, cólon, próstata, ovário, bexiga, endométrio, esôfago e pele (principalmente melanoma).

Os pacientes que se exercitaram regularmente tiveram a maior vantagem de sobrevida na comparação aos sedentários. Os que se exercitavam 3 a 4 vezes por semana, antes e depois do diagnóstico de câncer, reduziram o risco de mortalidade por todas as causas em 40%  e o risco de mortalidade específica por câncer se reduziu em 39%,  quando comparados aos pacientes com câncer que permaneceram “habitualmente inativos”.

No entanto, os pacientes que se exercitaram apenas 1 ou 2 dias por semana, antes e depois do diagnóstico, também tiveram melhora significativa da sobrevida quando comparados aos sedentários, apresentando uma redução de 32% tanto da mortalidade por todas as causas como da mortalidade específica por câncer .

Surpreendentemente, mesmo os sedentários renitentes tiveram melhora importante da sobrevida ao iniciarem a prática de exercícios físicos. Os pesquisadores descobriram que os pacientes que foram sedentários na década anterior ao diagnóstico tiveram uma queda de 28% da mortalidade por todas as causas e da mortalidade específica por câncer quando passaram a se exercitar apenas uma ou duas vezes por semana no ano seguinte ao diagnóstico do câncer.Os benefícios da sobrevida foram observados independentemente de fatores como sexo, idade, peso, tabagismo ou estágio do câncer.

“Em outras palavras, esta associação foi vista em pacientes obesos, tabagistas persistentes, e em pacientes com diagnóstico de tumor avançado”, explica a principal pesquisadora Dra. Rikki A. Cannioto, Ph.D., professora assistente de oncologia no Roswell Park Comprehensive Cancer Center, em Buffalo, Nova York, em entrevista ao site Medscape. E fica a dica: “nunca é tarde para adotar um estilo de vida saudável que pode modificar a sobrevida”. Consulte sempre um especialista e previna-se.