As constantes e excessivas idas ao banheiro ou a demora por dias pela aquela vontade de evacuar são dois momentos que merecem atenção. Esses e muitos outros fatores podem interferir no funcionamento do intestino, impactando significativamente a qualidade de vida de um indivíduo. Mas ainda que provoquem desconforto, problemas como constipação ou o do “intestino solto” não devem ser vistos, por si só, como risco para o desenvolvimento de câncer colorretal.
De acordo com um dos coloproctologistas da Equipe Surgery de Cirurgia Avançada, João Fraga “são inúmeras as causas para a existência de tumores colorretais. Muitos sintomas acabam se sobrepondo. Entre os fatores de risco para a doença estão, uma alimentação rica em gordura e carne vermelha e pobre em fibras e vegetais, sedentarismo, tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas,” explica lembrando que os sintomas mais comuns são dores abdominais, sangue nas fezes e dor ao evacuar.
Para o outro coloproctologista da Surgery, Rómmel Ribeiro, quando a constipação intestinal e o intestino solto são problemas crônicos, há menor probabilidade de relação com câncer colorretal. No entanto, existem outras doenças que podem causar os sintomas e que devem ser avaliadas por um coloproctologista. “O sinal de alerta precisa ser acionado quando há alterações repentinas e o funcionamento do intestino muda sem razão aparente,” orienta.
Por isso, caso qualquer anormalidade seja percebida, é importante consultar um especialista e investigar as causas, realizando, quando necessário, exames como a colonoscopia, que garante a avaliação do intestino grosso por dentro. A prevenção à constipação pode começar com a adoção de uma dieta rica em fibras e vegetais e deve apostar nos probióticos, lactobacilos presentes em iogurtes e leite fermentado.A prática de atividades físicas pode ajudar muito no funcionamento intestinal, já que o uso de laxantes deve ocorrer só em último caso e, sempre sob supervisão médica.
Já quem sofre com o intestino solto, é importante detectar a causa do problema e procurar tratamento adequado. A preocupação deve ocorrer quando há um aumento do número de evacuações igual ou maior que 3 vezes ao dia, com fezes semipastosas ou líquidas. Em casos deste tipo, considerados diarreia, é preciso saber que ela pode ocorrer por diversos fatores e deve ser tratada com acompanhamento médico e nutricional para oferta de alimentos adequados que melhorem o quadro e diminua os sintomas. Alimentos que contêm fibras auxiliam na melhora desses sintomas, mas é importante procurar ajuda adequada.
Na dúvida, consulte um especialista.