Câncer gástrico é um dos mais frequentes no Brasil

 

O câncer gástrico é o tumor do trato gastrintestinal mais frequente no Brasil, depois do câncer de cólon e de reto.

No entanto, sua incidência vem caindo nas últimas décadas, talvez pela melhora das condições de preparo e armazenamento dos alimentos. A incidência nos homens é 1,5 vez maior do que nas mulheres. A faixa etária mais atingida é a que vai dos 50 aos 70 anos de idade. Aproximadamente dois terços dos casos ocorrem acima dos 65 anos de idade.

Os sintomas são os mais variados. Vão desde dores abdominais, queimação no estômago, enjoos e vômitos até a presença de um tumor palpável. O câncer de estômago está em quinto lugar no ranking de incidência de câncer nos brasileiros e é o segundo em mortalidade.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o diagnóstico tardio em grande parte dos pacientes, assim como em outros tipos da doença, é ainda o maior complicador para que haja possibilidade de cura.
O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, sendo que cerca de 65% dos pacientes diagnosticados têm mais de 50 anos.

Especialistas afirmam que a causa mais provável para o aparecimento desse tipo de câncer é a infecção por uma bactéria chamada Helicobacter-pylori, conhecida como H. pylori, encontrada em água e alimentos contaminados. A prevenção do câncer de estômago precisa ser fundamentalmente feita com dieta balanceada desde a infância, o que inclui vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.

Os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos: adenocarcinoma, responsável por 95% dos tumores, linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos.

Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito em fases avançadas, já que os sintomas inicialmente são leves, insuficientes para que o paciente procure atendimento médico.

– Perda de peso e a dor abdominal leve são as principais queixas no início da doença, e confundem-se facilmente com sintomas de gastrite ou úlcera. A sensação de saciedade precoce, náuseas e vômitos também podem ser indícios de que algo está errado e um especialista deve ser consultado – atenta.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é muito rápido, por meio de uma endoscopia digestiva. Ela permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação citológica.

Fique atento!Apesar de não haver sintomas específicos do câncer de estômago, é bom atentar para alguns sinais como:

– Perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente;

– Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo podem indicar estágio avançado da doença;

– Sangramentos gástricos são incomuns em lesões malignas, entretanto, o vômito com sangue ocorre em cerca de 10 a 15% dos casos de câncer de estômago. Pode surgir sangue nas fezes, fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte (indicativo de sangue digerido);

– Quando o exame físico está sendo realizado, o paciente com câncer pode sentir dor no momento em que o estômago é palpado.

Tratamento

A principal alternativa terapêutica e única chance de cura do câncer de estômago é o tratamento cirúrgico, retirando parte ou todo o estômago, além dos nódulos linfáticos próximos.

Após a cirurgia, o percentual de cura depende do estágio de desenvolvimento da doença. Quando se tem um diagnóstico precoce, as chances chegam a 100% dos casos.
Portanto, fique atento aos sinais. E, diante de alguma dúvida, procure um médico de sua confiança.